1621 a 1640

1622

A pequena igreja construída a mando de Anchieta em São Miguel Paulista passou por uma reforma, quando se construiu um novo templo aproveitando as bases da antiga, conhecida como “Igreja dos Índios”. Essa nova construção foi batizada oficialmente com o nome de Igreja de São Miguel Arcanjo e marca o nascimento do bairro de São Miguel.

1623

Exploravam os padeiros a paciência do bom povo. Em dezembro de 1623, representava o Procurador Luís Furtado contra tais extorsões: “Havia muito trigo na terra” e, no entanto, “o pão que vendia a este povo nas vendagens era pequeno”. Intimou a Câmara aos padeiros, que o padrão de padaria fosse de “arrátel e meio por pão, sob pena de confisco da mercadoria e quinhentos réis de multa”. Existiam na vila vinte e cinco comerciantes e treze oficiais mecânicos.

1627

Fala-se dos “grandes vinhedos” paulistanos. O vasilhame do tempo para vinhos e azeites vinha a ser a peroleira, vaso de barro de forma afunilada, espécie de odre cuja capacidade habitual ignoramos qual haja sido.

1628


Primitivo Paço Municipal da Villa de São Paulo de Piratininga em 1628.
Pintura de José Wasth Rodrigues. É o mais antigo documento iconográfico
conhecido de São Paulo. 
Manuel Preto possuía perto de mil cativos em Nossa Senhora do Ó, embora este número fosse absolutamente excepcional.

1631

Onde hoje está o bairro da Mooca, foi instalada uma olaria, empreendimento típico das localidades vizinhas a rios, que aproveitavam o solo argiloso das margens. Nos séculos seguintes, a Mooca manteve-se como uma localidade ocupada por chácaras e fazendas, cuja principal característica era ser um ponto de passagem para os viajantes que se dirigiam para as áreas a sudeste de São Paulo, em especial para a atual região do ABC paulista.

1636

Já vivia em São Paulo engenheiro. Foi ao que parece o patriarca da classe, em terras piratininganas, certo Pêro Roiz Guerreiro “homem do mar que entendia do rumo de agulha” declara o termo de 9 de julho de 1636. Prestou juramento aos Santos Evangelhos “pera que fizesse nesta villa o ofício de arrumador de todas as tereas, por ser hofisio ncesario ao bem comum deste povo”.

1638

Na sessão de 6 de fevereiro de 1638 reclamou o Procurador Cosme da Silva contra inqualificável abuso praticado por Aleixo Jorge. Atirara um mundo de terra sobre uma via pública “o que era e em prejuízo dos moradores que anda na vila”. Intimou a Câmara ao remisso cidadão: “Deixasse a rua como dantes estava.”

1639

Fundação do Convento dos Franciscanos.

1640

Os jesuítas são expulsos pelos paulistas por defenderem a liberdade dos indígenas. Cada vez mais, organizava-se São Paulo. Em 1640, determinava- se que nenhuma pessoa edificasse casa nova, nem abrisse quintal, sem que pelos Srs. Oficiais se arruasse.