1681
Piratininga é elevada à sede de Capitania.
1685
Fundação do cenóbio carmelita feminino de Santa Teresa, o primeiro da Capitania criado pelo Bispo Alarcão.
1697
Entre os depoimentos estrangeiros seiscentistas que na Europa tiveram grande divulgação arrola-se o do engenheiro naval francês Froger, que em 1697 visitou o Rio de Janeiro.
Afiançou este oficial que São Paulo, já grande cidade (sic), não era súdita e sim apenas tributária dos reis de Portugal. Constituía uma espécie de república cuja lei consistia, sobretudo, em não reconhecer a autoridade de governador algum.
1699
D. Pedro II institui a carta régia de 15 de janeiro de 1699 que determinava que o ouro em São Paulo tivesse o mesmo valor que nas demais capitanias do Brasil, sendo de toda a conveniência para evitar descaminhos dos quintos, que se fundasse casa da moeda na vila, que, como vimos, seria a sua segunda.
Mas o que aos paulistanos e paulistas trazia então a mais penosa crise econômica, com enorme exageração dos preços das utilidades, vinha sobretudo a ser a completa perturbação das normas de vida provocada pelo êxodo, para as regiões auríferas, de sua população válida masculina, livre e de condição servil quase que em massa.
Ilhada como se achava, supria-se São Paulo largamente a si própria, produzindo cereais em grande escala – sobretudo trigo, milho e feijão – algodão, lã, um pouco de açúcar, marmelos. Como indústria só oferecia rústicos panos de algodão, grosseiros tecidos de lã, chapéus de feltro, rudimentar cerâmica. A pecuária ainda não estava muito desenvolvida, os rebanhos bovinos, as manadas equinas, os plantéis de ovinos não apresentam proporções avantajadas. A criação de bois, esta era incomparavelmente menos importante do que a do Norte e Nordeste. Em meados do século XVII um rebanho de cem cabeças era coisa vultosa.
1700
A justiça de São Paulo vivia na maior balbúrdia. Artur de Sá conseguiu que D. Pedro II criasse a ouvidoria local em 1700, a primeira comarca instituída em território paulista. Mas o primeiro ouvidor que nela serviu, o Dr. Peleja, deixou a pior das reputações de venalidade e avidez. A do seu sucessor, o Dr. Saraiva, muito melhor também não seria. Extingue-se a velha indústria de chapéus de feltro, devido à falta de lã por deficiência de ovelhas.