1581 a 1600

1581

Ao longo da década de 1580, as estratégias de guerra e de defesa dos moradores estiverem no cerne das preocupações dos camaristas de São Paulo. O cenário era bastante complexo e tumultuado, com alianças dinâmicas e versáteis entre diversos grupos indígenas da vila e do sertão, que promoviam revoltas, mortes e guerras. Os adventícios, por sua vez, aliados à facção dos Tupiniquim, fomentavam guerras de conquista para expropriar os territórios indígenas e apresar índios como escravos, incitando revoltas indígenas. 

Buscando “aquietar a terra”, a Câmara procurou isolar os índios aldeados do contato com os homens brancos através de algumas medidas: 

1º) proibiu os colonos de irem às aldeias resgatarem índios, “p.r causa dos muitos agravos que lhe fazem”; 

2º) proibiu qualquer homem cristão branco de ficar em “aldeã de negros foros ou cativos bebendo e bailando ao modo do dito jentio”; e, por fim, 

3º) proibiu os brancos de fazerem casas nas aldeias dos índios e em seus arrebaldes, pelos “agravos que se fazem aos imdios na dita aldeia assim a de rirai e a dos pinheiros” 

1582

Em torno das fontes e lavadouros aglomeravam-se os escravos e o rapazio irrequieto. Os poderes públicos tentavam domar os malefícios do jogo: “Dar mesa de jogo e tavolagem nos dias de fazer” tornava os viciados passíveis de multa.

1583

A Câmara avocava a si o cuidado da vigilância dos forasteiros, exercida pelos alcaides. Em 1583 ordenava-se a prisão de uns tantos espanhóis que pretendiam incorporar se à comunidade paulistana e homens de atitudes suspeitas.

A primeira cadeia paulistana fixa só surgiu na era seiscentista. Mandava a edilidade tomar provisoriamente a casa deste ou daquele morador, para nela encerrar os criminosos, como, em 1583, sucedia ao se declarar que o ergástulo anexo ao paço tinha “cumeira podre comida de bicho e caruncho”. Nem sequer dispunham os carcereiros de ferros de contenção.

Em trinta anos notavelmente se civilizara a vila. Aumentou muito a produção local do vinho e marmelada. Nela reinava contudo grande deficiência de pano.

O colégio já tinha aspecto vultoso e a sua igreja, embora pequena, dispunha de bons ornamentos.

Em 1583 declarava o procurador Álvaro Neto que a vila passava de cem moradores.. Em torno do vilarejo multiplicavam-se as pequenas fazendas.

O escasso ouro obtido do flancos do Jaraguá mostrava-se insuficiente para o giro comercial. O comércio, rudimentar, como só podia ser, fazia-se por meio de escambo. Em 1583 denunciava-se em Câmara que vinham à vila mascates vendendo fazenda por preço desconveniente com muito prejuízo da terra cuja moeda corrente consistia em mantimentos, carnes, cera e gado, bois, vacas e porcos, pano de algodão, resgate (escravos) “porquanto na vila não havia outra fazenda”.

1585

Relatava Anchieta que a vila contava com 120 fogos (famílias) de portugueses.

Nela reinava a maior abundância de víveres, fabricava-se muita marmelada e muito vinho. Vinham as importações, sobretudo de Portugal e de Buenos Aires. Do Reino chegavam principalmente sal, panos, papel, medicamentos, objetos de ferro e aço; de Buenos Aires lãs, assim como alguns artigos da indústria européia.

O açúcar, o grande gênero do Brasil dos três primeiros séculos, era escasso, já que a frialdade do planalto e as geadas tornavam-se mortíferas à cana. Em 1585 os paulistanos fabricavam açúcar rosado com rosas de Alexandria.

Surgem os diversos ofícios ou corporações com os respectivos juízes, bandeira e regimento: os dos sapateiros, alfaiates, tecelões, ferreiros, carpinteiros, oleiros. Havia por vezes acúmulo de funções. Assim os alfaiates eram às vezes, e ao mesmo tempo cabeleireiros e barbeiros.

O Colégio já era “casa bem acomodada com um corredor e oito cubículos ao lado da igreja” e dispunha de oficinas bem instaladas. E Anchieta em 1585 dizia a seu Geral que São Paulo “terra de grandes campos era fertilíssima de muitos gados, de bois, porcos e cavalos”.

O vencimento da muralha paranapiacabana exigia grande esforço dos primeiros povoadores. No caminho, marginal de profundos despenhadeiros, Anchieta relatou que subiam e desciam os homens “com trabalho e às vezes de gatinhas”. Por tal estrada “podiam subir nenhuns animais”.

A conserva de caminho, pontes e aterrados eram realizados pelo processo de requisição de serviços entre os moradores contribuindo cada qual como o número de escravos de que podia dispor.

CRÔNICA DE FERNÃO CARDIM SOBRE A SÃO PAULO DE 1585
(Fernão Cardim, “Tratados da Terra e Gente do Brasil”, págs. 312, 313, 314 e 315)
"Ao dia seguinte vieram os principais da vila três léguas receber o padre. Todo o caminho foram escaramuçando e correndo seus ginetes, que os têm bons, e os campos são formosíssimos, e assim acompanhados com alguns vinte de cavalo, e nós também de cavalo, chegamos a uma Cruz, que está situada sobre a vila, adonde estava prestes um altar debaixo de uma fresca ramada, e todo o mais caminho feito um jardim de ramos... Fomos em procissão até a igreja com uma dança de homens de espadas e outra dos meninos da escola; todos iam dizendo seus ditos às santas relíquias.

Piratininga é uma vila da invocação da conversão de São Paulo; está do mar, pelo sertão dentro, doze léguas; é terra muito sadia, há nela grandes frios e geadas e boas calmas, é cheia de velhos mais que centenários, porque em quatro juntos e vivos se acharam quinhentos anos. Vestem-se de burel e pelotes pardos e azuis, de pertinas compridas, como antigamente vestiam. Vão aos domingos à igreja com roupões ou berneos de cacheira sem capa. A vila está situada em bom sítio ao longo de um rio caudal.

Terá cento e vinte vizinhos com muita escravaria da terra, não tem cura nem outros sacerdotes senão os da Companhia, aos quais têm grande amor e respeito, e por nenhum modo querem aceitar cura. Os padres os casam, batizam, lhes dizem as missas cantadas, fazem as procissões e ministram todos os sacramentos, e tudo por sua caridade; não tem outra igreja na vila senão a nossa.

Os moradores sustentam seis ou sete dos nossos, com suas esmolas, com grande abundância: é terra de grandes campos e muito semelhante ao sítio de Evora na boa graça e Campinas, que trazem cheias de vacas, que é formosura de ver. Têm muitas vinhas e fazem vinho e o bebem antes de ferver de todo; nunca vi em Portugal tantas uvas juntas, como vi nestas vinhas; tem grandes figueiras de toda sorte de figos bersaçotes, beberas e outras castas, muitos marmeleiros, que dão quatro camadas, uma após a outra, e há homem que colhe doze mil marmelos, de que fariam muitas marmeladas; tem muitos rosais de Alexandria e porque não tem das outras rosas, das de Alexandria fazem açúcar rosado para mezinha, e das mesmas cozidas, deitando-lhe a primeira água fora, fazem açúcar rosado para comer e fica sofrível; dá-se trigo e cevada nos campos: um homem semeou uma quarta de cevada e colheu sessenta alqueires; é terra fertilíssima, muito abastada: quem tem sal é rico, porque as criações não faltam.

Tem grande falta de vestido, porque não vão os navios a São Vicente, senão tarde e pouco; há muitos pinheiros, as pinhas são maiores, nem tão bicudas como as de Portugal: e os pinhões são também maiores, mas muito mais leves e sadios, sem nenhum extremo de quentura ou frialdade, e é tanta abundância que grande parte dos índios do sertão se sustentam com pinhões; dão-se pelos matos amoras da silva, pretas e brancas, e pelos bredos, beldroegas, almeirões bravos e mentrastos, não falo nos fetos, que são muitos e de altura de uma lança se os deixam crescer. Em fim, esta terra parece um novo Portugal.

Os padres têm uma casa bem acomodada, com um corredor e oito cubículos de taipa, guarnecida de certo barro branco, e oficinas bem acomodadas. Uma cerca grande com muitos marmelos, figos, laranjeiras e outras árvores de espinho, roseiras, cravos vermelhos, cebolas cecêm, ervilhas, borragens e outros legumes da terra e de Portugal. A igreja é pequena, tem bons ornamentos e fica muito rica com o Santo Lenho e outras relíquias que lhe deu o padre visitador.”
1586

O paço municipal é consertado. O pelourinho ergueu-se depois de 1586.

1587

A marmelada foi objeto de grande comércio naqueles anos. Era tanta, que a levavam a vender a outras capitanias. 

A criação dos suínos também prosperava extraordinariamente. Os porcos paulistanos eram abundantíssimos e notáveis pelo tamanho, “animais de carnes muito gordas e saborosas, fazendo vantagens às das outras capitanias por provirem de terra mais fria”.

Manadas de cavalos viviam errabundas pelos campos. À noite, soltos pelas ruas da vila, transitavam bovinos e eqüinos.

Nem todos os grupos indígenas que vieram do sertão para a vila foram descidos à força pelos paulistas ou capturados em guerra. Em 1587, o procurador da vila de São Paulo noticia a chegada voluntária de “hus índios tupiães [que] vinhão do sertão desta capitania pelo caminho de paz e per sua vontade p.a povoare a tera”. Em 1593, outro índio, chamado Vrapepoquira, saiu da aldeia de Jibarapara para a vila com a sua mulher e filhos em paz e na condição de forros. Os oficiais recomendaram que fossem viver em aldeias de índios cristãos

Em 1587 declarava o Procurador Afonso Dias que a “vila possuía mais matos que outra coisa”.

1588

A igreja do Colégio cujo orago era São Paulo, vinha a ser então o único templo da vila. Mas os paulistanos desejavam ter matriz. Passados dos mais de trinta anos de fundação da vila cogitaram de edificar a “Hygreja Matriz”, reza uma ata de 1588, com “Viguario e quagytor e hornamentos e sino e todo ho mais necessários ao culto devino”.

No respeito à hierarquia social residia uma das preocupações municipais. Initium sapientiae timor regis inculcavam as medidas de 7 de abril de 1588. “Nenhuma pessoa, de qualquer sorte e qualidade seja ousado de pôr boca a El Rey Nosso Senhor nem em suas justiças”. Isto sob pena de fortíssima multa (1$000rs.) cadeia e degredo por um ano no forte de Bertioga. Aos peões aplicar-se-iam como sobrecarga cem chibatadas vigorosas.

1589

Fundada a Paróquia da Freguesia da Sé. A Câmara alegava ao Governador-Geral do Brasil que a sua vila era passante de cento e cinqüenta fogos e ia aumentando.

A superintendência da polícia de costumes procurava pôr cobro às orgias e desordens de índios e brancos. Estavam estes expressamente proibidos de comparticiparem dos folguedos do gentio e das suas tapuiadas.

Em 1589 declarava a Câmara “estar a vila em piriguo de imundicies que era piriguo do povo” por ocasião de uma das terríveis epidemias das “begigas” dizimadoras das indefesas populações coloniais.

A Câmara de 1589 alegava ao Governador-Geral do Brasil que a sua vila contava com mais de cento e cinqüenta famílias e que esse número ia crescendo.

1590

Em 1590 ia a vila tomando melhor aspecto. Às cobertas de sapé entremeavam-se os tetos de telha. E o Colégio já tinha certa aparência vultosa.

Terra sem açúcar, sem um produto de forte utilidade mundial, teria São Paulo de viver na pobreza quando os outros núcleos principais do Brasil, Bahia e Pernambuco sobretudo, dispunham de muito maiores cabedais. Várias tribos acamparam em Barueri com grande número de arcos e em certa ocasião fizeram uma incursão até Pinheiros onde queimaram a ermida local. Mas não se atreveram a avançar sobre a vila a que comandava Afonso Sardinha.

O paço municipal estava em 1590 muito abalado pelos estragos causados pelo gado solto a pastar pela vila.

Ao cair da noite ficava a vila imensa na treva, ao bater a sineta do Colégio o toque de abafar.

Em 1590 proibia a Câmara: “negro nem branco tragua de noite foguo pela vila’’: “ninguém se entenderá de um vizinho hum para outros e fronteiro”.

1591

Em 1591, frei Antônio de São Paulo pediu à câmara municipal licença para a fundação de um convento Carmelita. Encontrou, porém, diversas dificuldades, de modo que só em 1594 foi possível realizar o seu intento.

Diante dos assaltos dos Tupiniquim, da visão dos “fumos no caminho do sertão” e do receio de “vir gente de paraopava para ajudar os índios “inimigos”, o capitão Jerônimo Leitão resolve empreender uma guerra campal aos Tupiniquim e construir um forte em Ambuaçava, “remédio, ampairo e vigia dos enemigos”. Quinze homens estavam encarregados da defesa e, a cada dia, dois homens deveriam se embrenhar no mato como espias com alguns índios e escravos. De acordo com a ata, os “vigias ãdarão no mato todo hu dia e dormirão la hua noite e pela manhã virão a dar rezão do qu se achar nesessario”[...].

Em 1591, Jerônimo Leitão havia feito uma cerca na Ambuaçava de taipa de pilão e os oficiais pediram que o capitão “puzesse gente na dita serqua e mãdase defender p.r q hos contr.os não se metese nella”.

Era D. Francisco de Sousa, senhor de Beringel, e sétimo Governador- Geral do Brasil, em 1591, personalidade certamente de invulgares dotes de inteligência e energia. Veio para o seu governo disposto a executar largo programa que visava sobretudo impulsionar as expedições da devassa do sertão  e da descoberta de jazidas de metais nobres.Profunda impressão causou aos seus governados em qualquer ponto do Brasil em que permaneceu.

1592

O Padre Lourenço Dias Machado, vindo de Angola, era nomeado vigário. Tal era a falta de dinheiro que, em 1592, pagava a Câmara vencimentos ao seu porteiro em palha. Como os cidadãos se queixassem de que os rendeiros da carne verde recusavam entregá-la a troco dos produtos da terra, exigindo moeda, frequentemente intervieram os poderes municipais obrigando os contratadores a trocar o seu gênero por algodão, cera e marmelada.

Os oficiais da Câmara informam que os índios da aldeia de São Miguel e demais aldeias estavam “arruinados” e pediam para os juízes, vereadores, o vigário e o escrivão da vila de São Paulo que fossem até a aldeia para tratar de “couzas pertensentes ao bem da cap.ta” e requeriam “tirar devassa cotra todos aquelles q forão em amotinarem os ditos índios” e que, no dia de São Miguel se “querião levãtar contrários”. É surpreendente que, no final do século XVI, os índios da aldeia de São Miguel tenham articulado o pedido de uma devassa diante das autoridades coloniais para que investiguem os responsáveis pelas revoltas dos índios aldeados.

Apesar das dificuldades enormes impostas pela Serra do Mar, a expedição dos gêneros do planalto se fazia ativa por meio de carregadores índios.Os principais gêneros exportados eram farinha de trigo, carne salgada, sobretudo de porco, e marmelada. Os trigais prosperavam, admiravelmente, em torno da vila onde também se plantava cevada e havia vinhedos dando abundante vinho. Já em fins do século XVI requisitavam os Governadores-Gerais farinhas como em 1592, D. Francisco de Sousa, a solicitar uma remessa de oitocentos alqueires para Pernambuco.

Procissões se efetuavam regularmente. A princípio três principais: a de Corpus Cristi, a mais solene, a da Visitação de Nossa Senhora e a do Anjo Custódio do Reino. Na época das grandes festas e procissões ordenava os edis a roçada geral dos quintais e testadas. 

1594

Em 1594 estabeleceu-se na vila a segunda de suas “religiões” a Ordem de Nossa Senhora do Carmo.

O paço municipal foi novamente consertado.

Em 1594 a Câmara proibia que “ninguém armasse casa nem alicerçasse” sem sua permissão. E, fato, sobremodo curioso, proibia-se ao mesmo tempo sob grave multa o corte de pinheiros.

Em 1594 Domingos Luís, o Carvoeiro levantava um correr de casas de dois pisos em frente à matriz.

1597

Em todo o século XVI não se constata a existência de clínico algum em São Paulo. Em 1597 instalava-se o primeiro serviço médico sanitário com a nomeação do barbeiro Antônio Roiz para juiz do ofício dos físicos. Era homem experimentado e examinado e não um daqueles empíricos que “na vila curavam feridas e faziam sangrias por toda a terra”.

1598

A câmara obteve, em 1598, nova área de rocio melhor localizada. Dentro dela fazia concessões. Doava prazos onde os moradores pudessem fazer quintal e benfeitorias.

Alegavam os requerentes, freqüentemente, ter ajudado a defender a terra através de numerosos “perigos e frechadas”. “E hora havendo respeito guasar na tera, etc.’’ Estas concessões obrigavam os beneficiários ao pagamentos de foros à Câmara, quantias aliás mínimas.

Em 1598 o procurador Pedro Nunes denunciava que tais animais “faziam muitas perdas às casas e benfeitorias e se caíam muitas paredes”.

D. Francisco de Sousa organizou em São Paulo verdadeiro departamento mineiro. À sua frente, em 1598 despachou Diogo Gonçalves Laço administrador de tal organização, acompanhado de dois técnicos prospectores, um mestre fundidor e mais duzentos índios para a laboração das minas. Era grande a expectativa dos vassalos em torno de sua chegada.

1599

Outra medida civilizadora, a de janeiro de 1599, – quando o Procurador Francisco Maldonado propôs o estabelecimento de, pelo menos, uma estalagem “é necessário que aja nesta vila quem venda cousas de comer e beber que viva por isso. E onde poudesem pousar os forasteiros”.

O suprimento de carne a população fazia-se irregularmente e apesar da abundância dos bovinos. Freqüentes as reclamações dos cidadãos às Câmaras ao alegarem “morrer de fome por não haver quem quisesse matar carne”. A 15 de janeiro de 1599 resolviam os edis “que se fizesse casa para açougue” onde se talhasse a carne “a fim de que esta não andasse a vender pelas ruas, de casa em casa, como até então fora de costume”.

Em princípios de 1599 apareceu D. Francisco de Sousa em São Paulo acompanhado de vultoso séquito militar e civil.

Causou verdadeira revolução de costumes entre os seus governados de Piratininga como nos conta o nosso Heródoto, Frei Vicente do Salvador, a acrescentar “se se havia D. Francisco pagado da Bahia muito mais se pagou de São Paulo”.

Modificou profundamente o aparelhamento administrativo da vila, dando-lhe outra amplidão, criando e provendo cargos, tornando a capital, de fato, da capitania vicentina, dela fazendo a sede do fórum regional.

1600

Até 1600 não atingiria a população de São Paulo talvez a duas mil almas, entre brancos e escravos.  Em torno do vilarejo multiplicavam-se as fazendolas.

Já a certa distância se estabelecera Manuel Fernandes em Parnaíba, com os filhos, os três famosos povoadores, que, durante anos, foram os fronteiros mais profundamente entranhados no hinterland brasileiro.