Nascido em São João da Talha (Sacavém), Portugal, em 1528, e falecido em 9 de junho de 1600.
Veio para o Brasil com o padre Manoel de Nóbrega, em 1549, na comitiva do governador-geral Tomé de Souza, sendo ordenado padre logo depois de sua chegada na Bahia. Quinze dias depois de desembarcar, já tinha aberto uma escola para ler e escrever, ensinando aos mamelucos (filhos de portugueses com índias). Foi o primeiro mestre-escola em terras brasileiras. Ao mesmo tempo era o responsável por todos os batizados e dedicou-se também a trabalhos no campo, com o emprego de sementes enviadas de Portugal.
Praticou com um tecelão da armada para ensinar os índios a tecer. Fez construir uma igreja junto da casa em que ensinava a ler e a escrever. Por motivo de saúde, no inicio de 1550 foi enviado pelo padre Manoel da Nóbrega a Porto Seguro, acompanhado pelo padre João Navarro, depois substituído pelo padre Francisco Pires. Entre a vila e a aldeia empreendeu a fundação da igreja de Nossa Senhora da Ajuda e, ao lado, a construção de uma casa onde, com ajuda do irmão Simão Gonçalves, ensinava aos meninos. A água, porém, ficava distante e todos a queriam perto. Padre Rodrigues desejou-a num monte vizinho, que logo desmoronou e no seu lugar surgiu uma fonte. O povo passou a venerar o lugar e a água passou a servir os doentes e a ser também enviada para outras terras do Brasil e para Portugal.
Em meados de 1551 encontrava-se na Bahia, atacado de febres palustres, e só interrompeu a sua atividade por ordem de Nóbrega, também atacado. Logo que se restabeleceu, o que não demorou muito recomeçou a ensinar às crianças índias e a desenvolver um combate eficaz à antropofagia entre os índios, aos quais procurava fixar no povoamento.
Um ano depois estabelecia outra escola de meninos, numa aldeia que tomou o nome de São Tomé, em Paripe. Não sem algum risco para suas vidas, Nóbrega e Vicente Rodrigues internavam-se entre os índios e arrancavam-lhes os cadáveres humanos trazidos para o bárbaro festim. A esta ação dos missionários jesuítas se deve a repressão da antropofagia, desenvolvida por Mem de Sá.
Fez parte da missão chegada na Bahia em 13 de julho de 1553 e foi Superior dos Jesuítas em Salvador, por ausência do padre Manoel de Nóbrega. Estudando latim e casos de consciência, recebeu a ordenação sacerdotal, acreditando-se ser a primeira realizada no Brasil.
Seguiu para o Sul, mas sofreu um naufrágio na altura de Abrolhos e com os outros religiosos conseguiu chegar a São Vicente, na véspera do natal de 1553. Foi residir em Maniçoba (aldeia de curta existência, então localizada as margens do rio Anhembi, hoje Tietê, na região de Itu. Expulsos os jesuítas pelos mamelucos da família de João Ramalho, seguiu para o planalto, onde participou da fundação do Colégio de São Paulo de Piratininga, em 25/1/1554. Foi para a Bahia logo depois. Fez os últimos votos como coadjutor espiritual em 1560. Foi superior do Colégio de São Paulo de Piratininga e estava no acampamento do Rio de Janeiro quando se deu o ataque dos índios Tamoios, em 9 de julho de 1562. Durante a luta, ajoelhou-se entre os combatentes e impetrou do céu a vitória, que os portugueses obtiveram.
Em 1570 seguia pelo rio Anhembi, com o padre José de Anchieta, superior da capitania, e outros padres, mas a canoa afundou e todos, salvos, seguiram pelas margens. No dia 28 de abril de 1573 naufragou mais uma vez, perto da foz do rio Doce, quando se dirigia com outros missionários para a Bahia.
Em Salvador tomou posse, em 1574, do cargo de prefeito da igreja. Dez anos depois era prefeito dos doentes e padre espiritual da comunidade, em que revelou suas mais notáveis qualidades religiosas. Os últimos anos de sua vida passou no colégio do Rio de Janeiro, onde teve os cargos de padre espiritual, prefeito e consultor. É hoje considerado o primeiro professor do Brasil, como o padre Alexandre Gusmão na ordem pedagógica. Foi o ultimo sobrevivente do grupo de missionários de Manoel de Nóbrega.
Os seus 55 anos de vida religiosa podem dividir-se em três fases distintas: a da Bahia, antes do sacerdócio; a da superioridade em residências e, por fim, a de diretor espiritual. A primeira, que se fechou com a sua ordenação sacerdotal, foi à fase heroica da sua existência e coincidiu com a sua juventude. As outras duas fases decorreram em plena tranquilidade.
Veio para o Brasil com o padre Manoel de Nóbrega, em 1549, na comitiva do governador-geral Tomé de Souza, sendo ordenado padre logo depois de sua chegada na Bahia. Quinze dias depois de desembarcar, já tinha aberto uma escola para ler e escrever, ensinando aos mamelucos (filhos de portugueses com índias). Foi o primeiro mestre-escola em terras brasileiras. Ao mesmo tempo era o responsável por todos os batizados e dedicou-se também a trabalhos no campo, com o emprego de sementes enviadas de Portugal.
Praticou com um tecelão da armada para ensinar os índios a tecer. Fez construir uma igreja junto da casa em que ensinava a ler e a escrever. Por motivo de saúde, no inicio de 1550 foi enviado pelo padre Manoel da Nóbrega a Porto Seguro, acompanhado pelo padre João Navarro, depois substituído pelo padre Francisco Pires. Entre a vila e a aldeia empreendeu a fundação da igreja de Nossa Senhora da Ajuda e, ao lado, a construção de uma casa onde, com ajuda do irmão Simão Gonçalves, ensinava aos meninos. A água, porém, ficava distante e todos a queriam perto. Padre Rodrigues desejou-a num monte vizinho, que logo desmoronou e no seu lugar surgiu uma fonte. O povo passou a venerar o lugar e a água passou a servir os doentes e a ser também enviada para outras terras do Brasil e para Portugal.
Em meados de 1551 encontrava-se na Bahia, atacado de febres palustres, e só interrompeu a sua atividade por ordem de Nóbrega, também atacado. Logo que se restabeleceu, o que não demorou muito recomeçou a ensinar às crianças índias e a desenvolver um combate eficaz à antropofagia entre os índios, aos quais procurava fixar no povoamento.
Um ano depois estabelecia outra escola de meninos, numa aldeia que tomou o nome de São Tomé, em Paripe. Não sem algum risco para suas vidas, Nóbrega e Vicente Rodrigues internavam-se entre os índios e arrancavam-lhes os cadáveres humanos trazidos para o bárbaro festim. A esta ação dos missionários jesuítas se deve a repressão da antropofagia, desenvolvida por Mem de Sá.
Fez parte da missão chegada na Bahia em 13 de julho de 1553 e foi Superior dos Jesuítas em Salvador, por ausência do padre Manoel de Nóbrega. Estudando latim e casos de consciência, recebeu a ordenação sacerdotal, acreditando-se ser a primeira realizada no Brasil.
Seguiu para o Sul, mas sofreu um naufrágio na altura de Abrolhos e com os outros religiosos conseguiu chegar a São Vicente, na véspera do natal de 1553. Foi residir em Maniçoba (aldeia de curta existência, então localizada as margens do rio Anhembi, hoje Tietê, na região de Itu. Expulsos os jesuítas pelos mamelucos da família de João Ramalho, seguiu para o planalto, onde participou da fundação do Colégio de São Paulo de Piratininga, em 25/1/1554. Foi para a Bahia logo depois. Fez os últimos votos como coadjutor espiritual em 1560. Foi superior do Colégio de São Paulo de Piratininga e estava no acampamento do Rio de Janeiro quando se deu o ataque dos índios Tamoios, em 9 de julho de 1562. Durante a luta, ajoelhou-se entre os combatentes e impetrou do céu a vitória, que os portugueses obtiveram.
Em 1570 seguia pelo rio Anhembi, com o padre José de Anchieta, superior da capitania, e outros padres, mas a canoa afundou e todos, salvos, seguiram pelas margens. No dia 28 de abril de 1573 naufragou mais uma vez, perto da foz do rio Doce, quando se dirigia com outros missionários para a Bahia.
Em Salvador tomou posse, em 1574, do cargo de prefeito da igreja. Dez anos depois era prefeito dos doentes e padre espiritual da comunidade, em que revelou suas mais notáveis qualidades religiosas. Os últimos anos de sua vida passou no colégio do Rio de Janeiro, onde teve os cargos de padre espiritual, prefeito e consultor. É hoje considerado o primeiro professor do Brasil, como o padre Alexandre Gusmão na ordem pedagógica. Foi o ultimo sobrevivente do grupo de missionários de Manoel de Nóbrega.
Os seus 55 anos de vida religiosa podem dividir-se em três fases distintas: a da Bahia, antes do sacerdócio; a da superioridade em residências e, por fim, a de diretor espiritual. A primeira, que se fechou com a sua ordenação sacerdotal, foi à fase heroica da sua existência e coincidiu com a sua juventude. As outras duas fases decorreram em plena tranquilidade.